sábado, 9 de maio de 2020

Paranóias Causadas pela Ficção Científica

Cena do filme Lucy

Eis que eu assisti Lucy na madrugada do dia que estou escrevendo esse post e o filme me gerou muitas paranóias. Aproveitando que eu viria aqui falar do filme, resolvi vir falar também minha opinião sobre obras de ficção científica num geral (vou me esforçar bastante pra não ficar um post longo).

Eu assisti Lucy numa oportunidade em que ia passar na TV, lembrei que meu tio tinha comentado desse filme falando que era muito bom e eu estava sem sono. Apesar do comentário feito pelo meu querido tio, eu fui com zero expectativa pra esse filme, que vai contar a história de uma mulher que é exposta a uma droga sintética que faz com que ela desenvolva a capacidade de acessar até 100% do seu cérebro (pura ficção científica) e a gente vai acompanhando ela atingir essas porcentagens.

Eu vou deixar pra falar da trama no final desse post junto com a questão da paranoia, então vamos para o próximo tópico: a atuação da Scarlett Johansson. Pra ser muito sincera, eu não acho que foi o melhor filme nem o melhor papel dela. Ela tem trabalhos muito melhores e que valem mais à pena o seu tempo. Eu não gostei muito desse filme, e quando eu não gosto muito de um filme eu tenho pouca coisa pra falar, foi mal gente.

AVISANDO QUE A PARTIR DAQUI PODE SER QUE EU SOLTE SPOILERS DO FILME


Agora vamos unir a trama com a minha paranóia: A trama é boa, bem construída e eu não achei previsível, mas ela entra na tecla que sempre bate com a ficção científica: dá tudo errado em algum momento. Todo filme desse gênero sempre tem alguma criação, alguma coisa que a ciência resolveu fazer e que chega num nível muito foda e aí essa criação desenvolve autonomia e ninguém consegue mais ter controle sobre ela. E aí dá tudo errado.

Aí a minha principal paranóia é: nesse momento nós estamos em uma revolução tecnológica para entrar (já entramos, na verdade, é mais pra dominar, acredito eu) o mundo da Inteligência Artificial, da Internet das Coisas e é um mundo muito incrível, com possibilidades infinitas de criação. É claro QUE a IA é capaz de ajudar muita gente, em diversas áreas profissionais diferentes. Mas o que me incomoda é que a tecnologia, por mais foda que seja, é desenvolvida pelo ser humano e o ser humano é completamente falho.

Imagina se por um erro de código, um erro de lógica ou até mesmo um erro de falar o que não deve perto de um robô, dá um ruim muito grande? Imagina o caos. Porque, querendo ou não, boa parte dos governos e autoridades sabem que a Terceira Guerra Mundial tem muito mais chances de ser uma guerra tecnológica (talvez realizada no espaço) do que uma guerra nuclear. E em todos os filmes, a IA acaba de revoltando contra a raça humana e a gente acaba morrendo (o que eu super entendo, a gente só faz merda), e eu não tô a fim de ser assassinada por um robô.

Bom, gente, como eu avisei no título do post é só uma paranóia. Bem louca e sem nenhum sentido? Talvez. Mas eu precisava falar isso pra alguém ué. É assim que a gente evita de ficar doido nessa quarentena. Pra concluir sobre Lucy: eu não recomendo assistir esse filme se você tiver opções melhores. A ideia é muito boa e original, mas não acho que foi bem trabalhada e mesmo que se trate de uma ficção, acabou ficando artificial demais. Acredito que tenham muitos outros filmes desse mesmo gênero mas que sejam mais interessantes e valham mais à pena. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário