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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Filme: As Golpistas



Título Original: Hustlers
Elenco: Jennifer Lopez, Lili Reinhart, Cardi B, Constance Wu, Julia Stiles, Keke Palmer, Lizzo
Duração: 1h 44m
Ano: 2019
Roteiro: Lorene Scafaria
Produção: Jennifer Lopez, Will Ferrell, Adam McKay, Jessica Elbaum, Benny Medina, Elaine Goldsmith-Thomas
Direção: Lorene Scafaria
Sinopse: Em entrevista concedida a Elizabeth (Julia Stiles), jornalista da New York Magazine, a ex-stripper Destiny (Constance Wu) conta em detalhes como conseguiu o emprego e conheceu Ramona (Jennifer Lopez), ícone do meio que logo se tornou sua grande amiga. Devido à crise financeira que abalou Wall Street em 2008, Destiny e Ramona viram o declínio na quantidade de clientes na boate em que trabalham afetar sua própria rentabilidade. Com isso, decidem elas mesmas iniciar um plano onde, juntamente com algumas amigas, vão atrás de homens em restaurantes para, após dopá-los, faturar em cima de seus cartões de crédito.

O filme é retratado como biografia e conta a vida de uma stripper. Neste caso, a ex-stripper Destiny está dando uma entrevista e ela vai contando aos poucos como e porque precisou entrar nesse ramo, além de relatar como foi criando amizades e família com quem trabalhava com ela na mesma boate.

A Destiny traz um feminismo muito forte nesse filme, mostrando para a entrevistadora e para quem assisti o filme que a profissão de stripper envolve estar cercada em um ambiente machista, cruel e perigoso para a mulher. Ela destaca a importância de nunca se julgar alguém antes de conhecer toda a história e entender o motivo daquela pessoa estar ali. E isso foi o que eu mais gostei nesse filme.

A história é ok, num geral. Não é muito politicamente correta, por causa dos golpes que as personagens praticam, mas isso tá na sinopse então não dá pra criticar muito visto que estava explícito que era isso que o filme ia mostrar. Eu gosto que não é muito previsível e que a trama é linear. O roteiro também é tranquilo, sem nenhum diálogo que se destaque muito mas também nenhum diálogo ruim.

Eu quis assistir esse filme simplesmente por causa do elenco que é incrível. Além de ser um elenco super diversificado e cheio de representatividade, ele é composto por mulheres que eu admiro demais. E todas fazem um trabalho muito legal nesse filme e tem uma atuação boa, e isso é bem legal de ver.

Esse não é um dos melhores filmes que eu já assisti, mas ele é legal e super válido durante uma tarde de entretenimento. Não é uma das minhas top recomendações mas também não é uma total perda de tempo sabe?! Acho que é uma experiência válida, relativamente divertida, boa pra passar o tempo, entender um pouco mais sobre a vida das mulheres que fazem isso pra viver e tudo o que elas sofrem. Não é um filme que todo mundo vai gostar, mas é um filme que, na minha opinião, muita gente deveria assistir em algum momento. Fora que o filme tem umas cenas bem fofas que esquentam o coração e aconchegam a alma, tudo o que a gente precisa.
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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Minissérie: A Vida e a História de Madam C. J. Walker


Título Original: Self Made: Inspired by the Life of Madam C. J. Walker
Produção: DeMane Davis, Eric Oberland, Lena Cordina
Direção: Nicole Asher
Elenco: Octavia Spencer, Carmen Ejogo, Tiffany Haddish, Blair Underwood, Garrett Morris
Gênero: Drama
Sinopse: A história de Madam C. J. Walker (Octavia Spencer), ativista social e primeira mulher milionária dos Estados Unidos a conquistar a própria fortuna: por meio de uma linha de produtos capilares e cosméticos para mulheres negras.
Onde Assistir: Netflix
Ouça a trilha sonora: Spotify

Sarah Breedlove teve uma vida sempre muito difícil, batalhando como lavadeira para ganhar centavos, mas ela sempre quis mais que isso. Quando seu cabelo começou a cair e seu marido a abandonou, Addie Munroe bate na sua porta com um produto que ajuda no crescimento do cabelo, mas o que Sarah enxerga é uma oportunidade de mudar de vida.

Baseada em fatos reais, a minissérie da Netflix brilha em trazer uma história carregada de luta, emoção e inspiração. A trama foi bem planejada e dividida entre os quatro episódios de aproximadamente 45 minutos, tornando fácil para assistir tudo em uma sentada só. Inclusive, esse formato de minissérie (que eles poderiam ter escolhido fazer como série ou até mesmo um filme) foi uma ótima sacada, visto que trouxe a história de forma completa, sem a necessidade de enrolar demais ou acabar perdendo fatos importantes.

Sarah é uma personagem cativante e a interpretação feita por Octavia Spencer torna tudo melhor. A atriz vive aquele papel e nos faz sentir tudo o que a personagem sente, nos faz querer torcer e lutar para que a protagonista possa realizar tudo aquilo que acredita e sonha. Além disso, a atuação de todo o cast em conjunto é de tirar o fôlego, todos personificaram muito bem seus papéis e fizeram um lindo trabalho. Uma menção honrosa para meu personagem coadjuvante predileto, Cleophus. O sogro de Madam C. J. Walker, brilhantemente interpretado por Garrett Morris, é um homem que sobreviveu à escravidão e que possui falas e atitudes que vão conquistar seu coração.

A história se passa no início dos anos 1900, então o racismo é extremamente presente. Mas não só isso, a série aborda diversas pautas que passam por relacionamentos, amor, feminismo, orgulho, empreendedorismo, romance entre pessoas do mesmo sexo. E é uma história perfeita pra mostrar que o que estamos vivendo hoje no Brasil e no mundo em termos de preconceito vem de séculos atrás. Sempre existiu. A história vive se repetindo, mas não podemos deixar que isso aconteça. Ver essa série pode ser até mesmo uma forma de conscientização da luta contra o racismo e todo outro tipo de preconceito.

"Às vezes, o silêncio é a única proteção que uma mulher negra tem. E agora que aprendi a contar minha história, não posso mais ficar em silêncio." - Madam C. J. Walker


O roteiro é um dos mais bonitos que eu já pude perceber. Os discursos que Madam C. J. Walker faz ao longo dos episódios são inspiradores, reais, brutais, instigantes, verdadeiros e extremamente atuais. Cada discussão e conflito que surge gera falas que são perturbadoras, porém necessárias. E as citações de grandes nomes são um charme a mais que acabam trazendo ainda mais poder e peso para o trabalho do(a) roteirista e que encaixam perfeitamente com a situação em que aparecem.

E falando em encaixe, aqui temos mais uma trilha sonora de destaque. É uma delícia escutar essa trilha, seja só escutando as músicas, seja encaixadas na minissérie. A escolha de músicas foi certeira. A letra das músicas casa com o que está acontecendo na história e a batida das músicas conversa com a direção, tornando tudo mais impactante e real.

Ganhando o prêmio de melhor série/minissérie assistida em 2020 (até o momento que estou escrevendo esse post), Self Made merece seus destaques. Fico triste em saber que essa série não teve o reconhecimento que merecia, mas trago ela aqui na esperança de que alguém mais vá conhecer essa história. Eu chorei, eu ri, eu me emocionei, eu fiquei tensa, eu passei ódio, eu torci, eu tive todas as emoções. Sem nenhuma sutileza, a minissérie Original Netflix trouxe assuntos que precisam ser discutidos e que merecem atenção. 

Madam C. J. Walker se tornou a primeira mulher preta milionária dos Estados Unidos, fazendo produtos de cabelo de pretos, para pretos e por pretos. Ela queria a ascensão das pessoas pretas. Ela queria que todos tivessem voz. E ver sua luta nos inspira a não desistir do que ela e muitos outros começaram. A luta por direitos iguais não para até que todos tenham voz. 


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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Filme: O Sol Também É Uma Estrela

Crítica | O Sol Também é Um Estrela (2019) - Cinestera

Título Original: The Sun Is Also A Star
Elenco: Yara Shahidi, Charles Melton, John Leguizamo, Jake Choi, Gbenga Akinnagbe
Duração: 1h e 40min
Ano: 2019
Roteiro: Tracy Oliver
Produção: Elysa Dutton, Leslie Morgenstein
Direção: Ry Russo-Young
Sinopse: Natasha (Yara Shahidi) é uma jovem extremamente pragmática, que apenas acredita em fatos explicados pela ciência e descarta por completo o destino. Em menos de 24 horas, a família de Natasha será deportada para a Jamaica, mas antes que isso aconteça ela por acaso encontra Daniel (Charles Melton), que a salva de ser atropelada. Decidido a convencê-la que o encontro de ambos foi obra do destino, Daniel a desafia a passar um dia com ele, no qual tem a missão de fazê-la se apaixonar.

Baseado no livro de mesmo nome, O Sol Também É Uma Estrela é um filme sobre destino, sobre se apaixonar e sobre lutar por aquilo que você acredita e ama. E a história ainda faz isso mostrando os dois lados da moeda.

A Natasha tem apenas um dia antes de ser deportada para a Jamaica junto com sua família, mas ela não está disposta a deixar toda a vida dela pra trás sem tentar então, contrariando a família, ela marca reuniões com o departamento de imigração dos Estados Unidos e com um advogado, na tentativa de conseguir reabrir o caso dos seus pais e permanecer no país.

Do outro lado temos Daniel, descendente direto de família coreana e uma família cheia de expectativas, diga-se de passagem. Mantendo-se sempre na linha e tentando corresponder ao que esperam dele, ele tem uma entrevista para Darthmouth para seguir na medicina, mesmo sendo apaixonado por poemas. Por uma mera coincidência em latim ou por obra do destino, nossos protagonistas se encontram e é aí que nossa história começa.

Eu AMEI o filme e fiquei louca pra ler o livro. O desenrolar da história foi muito bem projetado e é interessante como tudo foi feito. Ao acompanhar as menos de 24 horas que Natasha e Daniel possuem juntos é como acompanhar aquele relacionamento se formando durante semanas em qualquer outro filme de romance sabe?! Quando passam as cenas do casal em diversas ocasiões? E quem assiste tem a sensação de que muito tempo se passou, mas tudo aquilo acontece no intervalo de um dia.

Preciso dizer que não consigo imaginar atores mais incríveis para protagonizar essa história. A Yara e o Charles tem uma química de outro mundo e eu mesma fiquei apaixonada pelos dois e pelo amor que nasce entre eles, que é lindo de se ver. Outra coisa muito interessante e que eu gostei muito é que o cast do filme é composto apenas por atores e atrizes não-brancos. E isso é percebido até na figuração, o que traz muita representatividade pra produção e eu, sinceramente, achei incrível porque foi o primeiro filme que eu vi com o elenco composto assim.

Apesar de não saber como foi abordado no livro, o filme trata de questões muito importantes como racismo, imigrantes nos EUA e a falta de apoio que eles tem e eu achei que apareceram muito bem e acredito que sejam mais aprofundados no livro, visto que o audiovisual foca bem mais no romance entre os protagonistas. Outra coisa legal são as referências científicas que são feitas ao longo do filme, explicando alguns fenômenos, e que encaixam perfeitamente com a história sendo contada.

Quero fazer uma menção honrosa para a trilha sonora e os figurinos desse filme, que arrasaram demais. Eu sou apaixonada por trilhas sonoras e a desse filme foi tão boa. Cada cena encaixava perfeitamente com a música, e eram músicas muito boas! E os figurinos lindos foram um a mais que você acha desnecessário até ver como faz toda a diferença, fora que combinaram perfeitamente com o cenário do filme, New York City.

Como vocês puderam ver, eu falo bastante dos filmes que eu gosto. Mas esse foi cinco estrelas, favoritado e cheio de amor. Se tornou um dos meus filmes favoritos da vida. A história é linda, ele representa MUITO na indústria cinematográfica e ainda esquenta o coração. É a pedida perfeita pro dia que tá frio e você quer assistir aquele filme pra suspirar enquanto come brigadeiro OU pra quem ainda quer acreditar que tudo vai ficar bem, mesmo quando todas as circunstâncias apontam ao contrário.
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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

13 Segundos - Bel Rodrigues




Título Original: 13 Segundos Título: 13 Segundos
Livro Único
Autor(a): Bel Rodrigues
Editora: Galera Record
Sinopse:O primeiro livro solo de Bel Rodrigues mostra como o machismo pode, em apenas 13 segundos, mudar completamente a vida de uma garota Lola está no último ano do ensino médio e acabou de terminar um relacionamento. Ela sabe que foi a melhor decisão, mas ainda assim não é fácil encarar o vestibular e um coração partido ao mesmo tempo. Tudo que Lola quer agora é colocar a vida em ordem, descobrir a si mesma e reavaliar suas prioridades. Sua maior paixão é o canto, e por isso, incentivada pelos amigos, ela cria um canal no Youtube onde posta covers de suas músicas favoritas. Ela também quer se divertir, sair para beber com os amigos e conhecer pessoas. Em uma dessas noites que ela se envolve com John. O que era para ser só uma noite acaba ficando mais complicado quando ela descobre que ele faz intercâmbio no colégio dela... e do ex. Lola não quer se envolver, mas é difícil ignorar John, com todo aquele charme canadense. E quando tudo parece ter se alinhado, treze segundos são suficientes para mudar drasticamente a vida da garota. 13 segundos é um livro potente, que dialoga com os julgamentos que mulheres jovens enfrentam cotidianamente simplesmente por buscarem serem livres, por quererem ser elas mesmas.


A trama de 13 segundos começa muito sutil, contando a história de uma adolescente comum vivendo os dramas do último ano do ensino médio e toda aquela pressão em cima dela. A vida dela não é perfeita, mas é ok. E o desenrolar dessa história é muito suave, você lê sem perceber o passar das páginas. O público-alvo foi muito bem atingido porque é muito fácil se identificar e se envolver nessa história e nos pontos que vão surgindo ao longo do livro.

Como na vida de qualquer adolescente nada é previsível, a trama também não é. As coisas que vão acontecendo vem de surpresa e trazem um caminho diferente para o leitor traçar e ao chegar na reviravolta acontece tanta coisa (mas não de forma apressada e sim com a mesma sutileza) e o livro é tomado por um drama e um clima pesado que o nó na garganta é formado rapidinho.

Eu esperava um pouco mais do final, senti que ficou meio incompleto. Eu realmente queria mais, queria um desenrolar maior do fim dessa história (só não sei dizer se foi porque amei e não queria que acabasse ou se realmente faltou um pouco de final, talvez os dois).

A Lola é muito determinada e empolgada com todas as coisas que decide fazer, além de ser uma amiga muito leal. Admirei muito a personalidade da personagem, ela demonstrava muito suas emoções (e talvez eu tenha me incomodado um pouquinho com demonstração excessiva de carinho da parte dela). A personagem também se veste muito bem, aliás, quem for ler deve prestar atenção no estilo da Lola na hora de imaginar a personagem. As descrições feitas sobre a incrível voz da protagonista me deixaram com vontade escutá-la cantar.

Os personagens secundários também não deixaram a desejar e mostraram seu papel. Mostraram-se amigos leais, presentes, divertidos e pessoas incríveis. As amigas da Lola (Ariel, Anna e Melissa) vivem seus próprios dramas e suas próprias histórias mas estão sempre ali uma pela outra, possuem personalidades únicas e sabem definir bem a palavra sororidade.

A escrita da Bel prende já na primeira linha e te segura até o último ponto final. Eu gostei de como ela colocou mais de um ponto de vista no livro e soube trabalhar cada ponto de um jeito único. Outra coisa que eu gostei muito é que em alguns momentos do livro eu enxergava a autora e esse é um sentimento muito bom, te faz se sentir próximo do autor e isso é muito legal.

Que capa linda é essa, Galera Record?! Mexeu com meu coração e é muito um livro que eu compraria por causa da capa. Amei as músicas no início de cada capítulo, acho que traz mais emoção pra leitura escutar essas músicas durante a mesma e que essa foi a intenção do autor.


Não foi um dos livros favoritos de 2018, mas foi um livro delícia de ler. Peguei como quem não queria nada e terminei no mesmo dia! Foi rápido, foi bom, foi reflexivo, foi triste também hehe mas me ensinou que não precisa ser livro favorito pra ser recomendadíssimo!



PS. muito especial: Como o livro tem uma influência musical muito forte, com diversas músicas citadas e que casam muito bem com a leitura, eu criei uma playlist no Spotify com todas as músicas citadas no livro! E é só clicar aqui pra ter acesso.

Um beijo no coração de vocês, espero que curtam! 


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