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terça-feira, 1 de junho de 2021

1984 - George Orwell


Título Original:
 1984
Livro Único
Autor(a): George Orwell
Tradução: Alexandre Hubner e Heloisa Jahn
Editora: Companhia das Letras
Onde Comprar: Físico | E-book
Sinopse: Winston, o herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na grande engrenagem de uma sociedade totalmente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas onde cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância, nem à vingança do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito. O'Brien, hierarca do Partido dominante em Oceânia, é quem explica a Winston: "Não estamos interessados no bem dos outros; só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade: só o poder pelo poder, poder puro."

Quando foi publicado, em 1949, poucos meses antes da morte do autor, essa assustadora distopia logo experimentaria um imenso sucesso de público. Seus principais ingredientes - um homem sozinho desafiando uma tremenda ditadura; a paixão furtiva e libertadora pela colega Júlia; os horrores letais - atraíam leitores de todas as idades, à esquerda e à direita do espectro político, com maior ou menor grau de instrução. Além disso, a escrita lúcida de Orwell, os personagens fortes e a trama movimentada e surpreendente garantiram a entrada precoce de 1984 no restrito panteão dos grandes clássicos modernos.


SIM! Eu finalmente li 1984 e fiquei cheia de opiniões pra contar pra vocês. Vamos começar pelo fato de que, se não pela época de lançamento, talvez não haja momento mais pertinente para ter lido esse livro porque só quem vive no Brasil entende o sufoco que estamos passando no nosso cenário político atual.


1984 é um livro super famoso então não vou me prolongar muito em contar a história ou dar um overview do enredo, quero focar mesmo nas minhas impressões sobre o livro, beleza?


Falando em fama, esse foi um dos motivos pelos quais eu fui com ALTÍSSIMAS expectativas em cima desse livro e expectativas geram decepção, e foi o que aconteceu por aqui. Quero deixar claro que não achei o livro ruim, mas eu esperava muito mais do que ele entregou.


O cenário político que o Orwell cria é super complexo, cheio de ironias (o que eu amei!) e extremamente bem construído. Gente, o homem tem o dom pra cenários caóticos. A crítica social desse livro é tão forte e tão presente nos dias de hoje que é até um pouco assustador se formos parar pra pensar com calma, mas considerei que a parte de assustar fazia parte dos planos do autor, e ele fez muito bem feito.


Eu venerei o romance, fui e sou cadelinha do casal Winston e Julia, me julguem. Ai, eu achei eles tão fofos e cheios de química e revolucionários juntos! Foi um mimo a mais no livro que me ajudou muito a continuar a leitura.


Apesar desses elogios, eu achei a escrita do Orwell, mesmo que linda e poética, meio parada. Não acontece muita coisa e a história demora a ter um pouco mais de ação, então é uma leitura um pouco cansativa pra quem for sem esperar por isso. A escrita clássica já é meio lenta por si só, a demora pra um plot twist não ajuda, então se for ler, vá preparado para essas circunstâncias.


Mas, porém, contudo, entretanto, todavia é importante enfatizar que indico essa leitura pra TODO MUNDO porque ajuda muito a entender sobre como funciona uma ditadura e como são a crueldade e a sutileza desse sistema.
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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

As Dez Mil Portas - Alix E. Harrow

Título Original: The Ten Thousand Doors of January
Livro Único
Autor(a): Alix E. Harrow
Tradução: Jacqueline Valpassos
Editora: Universo dos Livros
Onde Comprar: Amazon | Submarino
Sinopse: Hipnotizante e comovente, As Dez Mil Portas acompanha a busca de uma jovem por seu pai desaparecido, seu lugar no mundo e o mistério por trás de um porta inesperada.
Existem verdades sobre o mundo que nunca devem ser reveladas. No verão de 1901, January Scaller, de sete anos, encontrou uma Porta - o tipo de porta que leva ao Mundo das Fadas, ao Valhalla, à Atlântida, a todos os lugares nunca encontrados em um mapa.
Anos depois desse acontecimento, January leva uma vida tranquila e solitária, até que, certo dia, se depara com um estranho livro, que traz o perfume de outros mundos em suas páginas e conta uma história de portas secretas, amor, aventura e perigo. Um livro que poderia levá-la de volta à porta meio esquecida de sua infância. Mas, à medida que January obtém respostas para perguntas que nunca tinha imaginado, as sombras se aproximam.

January é uma criança de sete anos que cresceu numa realidade que nunca foi esperada para alguém como ela. Como uma criança preta em uma sociedade no início do século XX, já é de se imaginar como seria o tratamento que ela receberia das pessoas. Porém, graças ao chefe do pai, ela cresceu em uma enorme casa, sempre vestindo e comendo do bom e do melhor e cheia de tutores e babás. O pai é uma figura ausente e sempre viajando a trabalho, a mãe está fora de cena desde que ela era um bebê e ela tem como figura paternal o dono de sua moradia.

Numa viagem com seu tutor, ela descobre uma Porta no meio de um descampado e logo percebe que aquela não é uma Porta qualquer. Quando abre, se depara com um outro mundo e com uma curiosa moeda que ela nunca havia visto antes. Dez anos se passam, e nesse tempo ela esqueceu da porta e se dedicou em apenas ser uma criança exemplar que sabe o seu lugar, mas isso tudo muda quando January encontra o livro entitulado "As Dez Mil Portas" e memórias voltam a encher sua cabeça e seus sonhos.

A trama desse livro me encantou, devo dizer. Aqui nós temos (em um certo pedaço da história) um livro dentro de um livro, e uma história que te intriga, te envolve e não te deixa largar. Eu amei como não é nada previsível, como a autora conseguiu narrar uma linha de pensamento tão única e divertida. É uma trama pra se entreter e com certeza é uma delícia de ler.

Vamos falar dessa protagonista que já é minha favorita de 2020? Vamos sim. Eu amo a January. Desde sua primeira aparição com apenas sete anos ela já uma personagem cativante e cheia de personalidade e atitude. Ela é esperta, ela é sensata, ela corre atrás daquilo que ela quer. Sabe aqueles personagens burros que o leitor já entendeu tudo o que tá acontecendo e o que precisa ser feito mas o personagem ainda não? Então, ELA NÃO É ASSIM! E eu também amei como ela não é uma vítima. Ela luta quando precisa lutar, ela trabalha quando precisa trabalhar, ela não fica chorando e se lamentando, ela vai e procura mudar a situação e eu amei demais isso.

A escrita da autora é uma escrita simples, sem muitos floreios e poesias, porém é bem envolvente. A narração é bem descritiva pra poder ajudar na imaginação do leitor em relação às cenas mas não chegou a ficar lenta em nenhum momento da leitura pra mim. Mas eu curti muito a ideia, o universo e tudo o que a autora fez com esse livro e mal posso esperar por novas histórias dela.

A diagramação do livro é super tranquila e confortável para os olhos, a capa está lindíssima como vocês puderam ver. Outra coisa que é muito bom e importante de ressaltar é que eu gostei bastante da tradução, não achei que em momento algum foi algo que prejudicou a leitura ou que houveram trechos com a tradução confusa, muito pelo contrário.

Minha única ressalva com esse livro, que fez com que eu tirasse meia estrela da nota final no Skoob, foi o final. Eu achei o final um pouquinho conveniente e muito Disney Channel para o que eu queria. Veja bem, não é um final ruim (muito pelo contrário). Só não é o que eu queria e esperava baseando na minha experiência de leitura.

Esse é um livro sensacional, muito bem escrito, cheio de aventuras mas nada muito exagerado ou fora da realidade. Mesmo sendo um livro de fantasia, não são fantasias daquelas extremamente impossíveis. A magia aqui é a mesma magia que a gente sonha toda noite quando é criança, a magia que só uma criança consegue verdadeiramente acreditar, trazendo muita nostalgia e amor durante a leitura. Uma protagonista incrível, personagens coadjuvantes que também possuem suas próprias histórias e camadas, reviravoltas que eu não esperava acontecer e uma experiência de leitura inesquecível são coisas que podem resumir muito bem o que ler "As Dez Mil Portas" foi pra mim.
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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Recursão - Blake Crouch

Título Original: Recursion
Livro Único
Autor(a): Blake Crouch
Tradução: Sheila Louzada
Editora: Intrínseca
Onde Comprar: Amazon | Submarino
Sinopse: As memórias constroem a realidade.
É isso que o policial Barry Sutton descobre ao investigar um fenômeno chamado Síndrome da Falsa Memória, uma doença misteriosa que enlouquece as vítimas ao plantar lembranças de vidas que elas nunca tiveram. Em sua busca pela verdade, Barry se depara com um oponente mais assustador do que qualquer doença, uma força que ataca não apenas a mente, mas a confecção de nossas memórias. Sua única chance de compreender e interromper a marcha galopante do caos está nas mãos da neurocientista Helena Smith, uma mulher amaldiçoada por sua invenção, a criadora de uma tecnologia que deveria salvar vidas, mas que acabou esfacelando a realidade. Conforme os efeitos desse fenômeno fazem ruir o mundo que conhecemos, Barry e Helena terão de se unir se quiserem sobreviver - e salvar a todos nós.
Em sua obra mais ambiciosa, Blake Crouch entrelaça ação e mistério num enigma eletrizante sobre tempo, identidade e o poder da memória.

Recursão conta duas histórias em paralelo que em determinado momento do livro acabam se unindo. A primeira é a do Barry, um policial da NYPD, que perdeu a filha há algum tempo e acabou se divorciando da esposa, o que fez com que ele se jogasse de cabeça no trabalho. A segunda história é da Helena, uma cientista incrivelmente talentosa e inteligente que dedica sua carreira a desenvolver uma cadeira capaz de armazenar memórias de pacientes com Alzheimer depois que a mãe é diagnosticada com a doença.

A trama foi bem construída e é imprevisível. Qualquer mínimo detalhe pode ser um spoiler e o que eu acho ideal é ler esse livro sem ler a sinopse (se você acabou de ler a sinopse do post, dá um tempinho antes de pegar o livro pra sua mente esquecer hehe) porque foi o que eu fiz e isso colaborou muito na minha experiência de leitura.

O livro é narrado em terceira pessoa mas tem os pontos de vista dos dois protagonistas. Por mais que eu tenha simpatizado muito mais com o Barry, eu gostei bem mais dos capítulos da Helena. Ela é chata em alguns momentos e me irritou, mas são os capítulos que tem a parte mais científica e foi isso que me prendeu na história.

Muita gente fala como esse livro é super confuso, e realmente consegue ser. Se eu explicar direito o motivo vai ser o maior spoiler da vida, então só consigo avisar vocês pra ficarem atentos em detalhes e aos adeptos dos post-its e flags é uma boa usar nas partes que tiver explicações pro caso de você se perder durante a leitura, dá pra voltar e ler só essas partes.

Eu tive dois grandes problemas com esse livro: o romance e o final. Eu não comprei esse romance, não fui conquistada, achei que poderiam ter se formado casais muito mais legais e que fossem mais interessantes e também teriam sido mais trabalhados. O romance que o autor criou no livro simplesmente aconteceu, muito instalove. O meu problema com o final é que foi MUITO simples. O autor criou uma bola de neve que não parava de aumentar a cada capítulo e o final foi extremamente fácil, simples e conveniente pra todo o caos que ele criou.

Mesmo com esses problemas, é um livro bem bom. A história é envolvente, a escrita do Blake é fluida e sem muitos floreios, tornando uma leitura fácil e rápida. Ficando atento não tem como se confundir muito com as partes mais científicas. Não foi meu livro favorito do ano e desconfio que vá ser meu livro preferido do autor, mas foi uma experiência de leitura boa e que eu recomendo pra todo mundo que curtir livros de ficção científica e/ou histórias imprevisíveis.


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segunda-feira, 8 de junho de 2020

O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks - E. Lockhart

Título Original: The Disreputable History of Frankie Landau-Banks
Título: O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks
Livro Único
Autor(a): E. Lockhart
Editora: Seguinte
Onde comprar: Amazon | Submarino | Saraiva
Sinopse: Aos catorze anos, Frankie Landau-Banks era uma garota comum, um pouco nerd, que frequentava a Alabaster, uma escola tradicional e altamente competitiva. Mas tudo muda durante as férias. Na volta às aulas para o segundo ano, o corpo de Frankie havia se desenvolvido, e ela havia adquirido muito mas atitude. Logo ela chama a atenção de Matthew Livingston, o cara mais popular do colégio, que se torna seu novo namorado e a apresenta ao seu círculo de amigos do último ano. Então Frankie descobre que Matthew faz parte de uma lendária sociedade secreta - a Leal Ordem dos Bassês -, que organiza traquinagens pela escola e não permite que garotas se juntem ao grupo. Mas Frankie não aceitará um "não" como resposta. Esperta, inteligente e calculista, ela dará um jeito de manipular a Leal Ordem e levantará questionamentos sobre gênero e poder, indivíduos e instituições. E ainda tentará descobrir se é possível se apaixonar sem perder a si mesma.

A Frankie é uma adolescente que faz parte de uma família classe média-alta e é considerada a princesinha deles. Todos os seus familiares a tratam como se ela fosse um anjo, uma garotinha frágil demais para ter algum tipo de atitude ou opinião. Todos frequentaram a Alabaster, prestigiado colégio interno para alunos do Ensino Médio e ao iniciarmos a leitura, a Frankie está prestes a começar o segundo ano. 

A trama tinha tudo pra ser um enorme clichê e se tornar mais um livro comum de YA que nós já estamos acostumados e não vemos nada demais, mas a autora foi inteligente em guiar a história por um rumo inesperado pro leitor deixa tudo mais interessante. 

A escrita da E. Lockhart é leve e objetiva nesse livro, o que torna a leitura fluida e rápida. Mesmo assim, as descrições são bem feitas e é bem fácil pro leitor de imaginar os cenários e se localizar na história. É também muito rápido de se envolver com a história, os personagens e o universo que é criado. Tudo parece muito real, e é fácil se identificar.

A Frankie é uma personagem muito incrível. Acho que ela é uma das minhas personagens favoritas de 2020. Ela pensa à frente, ela questiona e ela não tá nem aí para o que as pessoas vão pensar. Ela se indigna com o fato de não poder participar de algo simplesmente por ser uma garota e se recusa a aceitar isso. Ao mesmo tempo, estamos falando de uma adolescente então ela também tem aqueles momentos de drama e insegurança que todo adolescente tem e é muito gostoso de ler. Os personagens coadjuvantes todos tem papéis que em certo ponto da história têm alguma relevância, mas num modo geral da história, eu não achei nenhum marcante o suficiente pra ser destacado aqui.

A diagramação do livro é simples, a fonte é boa e não prejudica a visão durante a leitura. Eu sou apaixonada pela capa, acho uma das mais bonitas na minha estante e a Seguinte acertou em cheio em não usar a capa original do livro (que eu acho péssima). Repare na silhueta de bassê que aparece no início e nas pausas de cada capítulo, dando um charme a mais.

É uma história rápida, envolvente, leve e gostosa de ler. O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks pode ser lido em um dia e ser aquele tipo de leitura distração que todo mundo precisa em algum momento. Eu gostei muito dessa leitura, aconteceu no momento certo pra mim e eu realmente adorei muito a protagonista e as ideias que ela tem. De todos os livros que li da autora até agora, esse é de longe o meu favorito.
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sábado, 23 de maio de 2020

O Garoto Quase Atropelado - Vinícius Grossos

O Garoto Quase Atropelado - Saraiva

Foi muito difícil vir aqui e escrever essa resenha, por mais que eu quero que o mundo inteiro leia esse livro e conheça essa história, mas vamos lá. Esse livro é escrito com o formato de diário, o que nos traz uma narrativa em primeira pessoa, e nós nunca ficamos sabendo o nome do protagonista.

Oi? Como assim? Pois é. Tem uma nota que já te avisa disso antes da história começar mas eu mesma só fui entender esse fato lá pela metade do livro e eu acho que essa foi a grande sacada do autor porque isso torna com que o garoto quase atropelado possa ser qualquer pessoa, até mesmo o leitor.

O nosso protagonista passou por um trauma muito grande e a psicóloga dele o aconselha a escrever o diário que vamos acabar lendo durante 30 dias do mês de novembro. Ele acaba conhecendo a menina do cabelo de raposa, a menina do cabelo roxo e o James Dean não tão bonito e a narrativa vai ser em volta dessa amizade e do romance que surge por ali.

Começando pela narrativa, eu tenho uma certa questão com livros escritos em primeira pessoa que é 8 ou 80: ou vai ser uma narrativa incrível e profunda, onde podemos realmente conhecer a personagem, ou eu vou achar ela completamente insuportável. Felizmente, aqui encontramos o primeiro caso :)

Apesar de algumas atitudes que podem ser bastante contraditórias, foi muito fácil pra mim entrar na narrativa do protagonista, mergulhar na história que ele estava contando e visualizar as cenas dele escrevendo o diário enquanto revivia aqueles momentos na cabeça. Foi muito louco, pra ser sincera, mas eu amei demais essa sensação.

Outro ponto que eu amei foi a sensibilidade e a delicadeza que o autor trouxe pra tratar de assuntos muito pesados e tensos e doloridos mas que precisam ser debatidos. A ideia de trazer desenhos pra ilustrar melhor sem tornar algo TÃO pesado e incômodo de se ler também foi uma boa ideia. Já até aviso que esse livro pode ser gatilho por tratar de: distúrbios alimentares, suicídio, homofobia, abuso sexual; então tomem cuidado antes de ler ok?!

O final do livro também é muito imprevisível, pelo menos até você chegar na parte que esse final está prestes a acontecer. Quando eu estava lendo, minha cabeça só conseguia pensar "eu não acredito que o autor está fazendo isso, não é possível que isso vai acontecer" mas aí o que? Aconteceu né?!

Eu tenho um porém pra dizer mas é em relação à capa. Essa capa é linda demais, mas ela passa uma ideia de livro feliz e leve (tanto é que foi por isso que eu peguei pra ler, eu queria alguma coisa super de boa mas podemos ver que me enganei) e não é essa a realidade que encontramos dentro das páginas. Mas continua sendo uma capa linda e a diagramação também ficou muito boa.

Se tornando o meu livro favorito de 2020 (até agora), O Garoto Quase Atropelado é um livro muito especial. Conforme eu lia, fui sendo envolvida como se fosse atravessar a rua sem olhar pros dois lados. Quando cheguei no quase final, eu perdi o chão e senti o carro encostar em mim. Quando terminei de ler, percebi que tudo não passou de um arranhão e posso afirmar com toda certeza que me senti quase atropelada.
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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Entre o Amor e a Amizade - Bianca Briones

Entre o Amor e a Amizade: O livro que inspirou a série Batidas ... 

E mais uma vez estou eu aqui para falar de um livro da Bianca, nada novo sob o mesmo sol.

Bom, nessa história vamos acompanhar a vida da Alessandra e do Nicolas. O pai da Alê acaba de falecer vítima de câncer e o Nicolas perdeu boa parte de sua família em um acidente de carro. Os dois se conhecem em uma festa na casa de uma amiga em comum e ali mesmo já criam uma conexão muito bonita que vamos vendo evoluir ao longo da história, junto com todos os desencontros e conflitos que envolvem a vida desses dois.

Pra quem é novo aqui no blog e/ou ainda não me conhece, eu amo tudo o que a Bianca Briones escreve. Vai ter especial da série Batidas Perdidas por aqui ainda, mas ainda não saíram todos os livros (e essa é uma série que eu espero não ter fim simplesmente por amar todos os personagens) e Entre O Amor e a Amizade foi escrito ANTES da autora escrever a história da Vivi e do Rafa, e eu levei isso em consideração na hora de formar minha opinião.

De todos os livros que eu já li da autora, esse foi o que eu mais demorei pra me envolver. A trama não foi tão previsível quanto eu achei que seria, mesmo eu encontrando várias referências com o seu primo muito mais amado (por mim).  Eu gostei bastante de como a Bianca conduziu a história e a evolução da mesma é constante. Apesar disso, demorei um pouco pra simpatizar com os personagens. Achei eles chatos no início e algumas de suas atitudes foram bastante estúpidas, mesmo quando o livro já estava chegando ao fim.

Também senti falta de uma abordagem mais profunda sobre alguns assuntos. O livro fala de depressão em alguns momentos e eu esperava um aprofundamento nisso mas não foi o que aconteceu, e fiquei um tanto quanto decepcionada por isso. Outra coisa que eu quero ressaltar é que ao longo da leitura reparei em alguns erros de revisão. Não era nada muito grave e nem chegou a ser incômodo pra mim, mas foi algo que chamou a minha atenção então achei importante falar pra vocês porque vai que um de vocês se incomoda muito com isso, né?!

Ponto alto de destaque foram as mensagens trocadas entre os protagonistas. Me diverti demais lendo essa troca e acredito que se o livro tivesse sido escrito inteiro desse jeito, numa dinâmica epistolar, teria sido uma leitura muito mais agradável e fluida, e também seria muito mais fácil simpatizar com os personagens.

Acho que indico esse livro pra quem já conhece e gosta da escrita da Bianca, que é o que envolve de verdade da primeira até a última página. Não sei se ser introduzido a autora com esse livro é uma boa escolha, até por ter livros muito melhores e mais cativantes e que eu acho que entregam muito mais. Esse é aquele livro pra quem é fã, sabe?! Se você nunca leu nada escrito por Bianca Briones e/ou nunca leu nenhum livro New Adult, pode começar com o livro As Batidas Perdidas do Coração que eu acho que vai ser um começo com o pé direito.

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sábado, 14 de setembro de 2019

Garotas de Neve e Vidro - Melissa Bashardoust











Título Original: Girls Made of Snow and Glass
Título: Garotas de Neve e Vidro
Livro Único
Editora: Plataforma 21
Ano: 2018  |  384 Páginas
Sinopse: Mina é filha de um mago cruel e sua mãe está morta. Aos dezesseis anos, seu coração nunca bateu apaixonado por ninguém – na verdade, ele jamais bateu de forma alguma, e Mina sempre achou esse silêncio normal. Ela nunca suspeitou que o pai arrancara seu coração e, no lugar, colocara um coração de vidro. Então, quando Mina chega ao castelo de Primavera Branca e vê o rei pela primeira vez, ela cria um plano: ganhar o coração dele, tornar-se rainha e finalmente conhecer o amor. A única desvantagem desse plano, ao que tudo indica, é que ela se tornará madrasta.
Lynet tem quinze anos e é a imagem de sua falecida mãe. Um dia, ela descobre a verdadeira razão disso: a partir da neve, um mago a criou à semelhança da rainha morta. Mas, apesar de ser a projeção visual perfeita da falecida rainha, Lynet preferiria ser forte e majestosa como sua madrasta, Mina. E Lynet realiza seu desejo quando o pai a torna rainha dos territórios do sul, tomando assim o lugar de Mina.
A madrasta, então, começa a olhar para a enteada com algo que se assemelha ao ódio, e Lynet precisa decidir o que fazer – e quem quer ser – para ter de volta a única mãe que de fato conheceu… ou simplesmente vencer Mina de uma vez por todas.
Garotas de neve e vidro traça a relação de duas mulheres fadadas a serem rivais desde o princípio – a não ser que redescubram a si mesmas e deem novo significado à história que lhes foi imposta.
Este aclamado reconto feminista do clássico Branca de Neve nos leva a um mundo singelo e, ao mesmo tempo, maravilhoso – como nos contos de fadas. Uma releitura contemporânea para mantê-lo sempre atual e presente.


É livro bom que você quer, @? 
Pois vim dizer que a ressaca literária chegou ao fim!

Em sua estreia na literatura, Melissa Bashardoust resolve recriar uma história clássica, Branca de Neve. Eu não sei vocês, mas eu já havia visto (e lido) algumas versões e releituras da nossa querida princesa e fiquei um tanto receosa se haveria originalidade nessa nova interpretação.
Pois bem, Mina é filha de um poderoso mago e, além disso, é uma de suas criações. Mina possui um coração de vidro, que por uma lado a permite ficar viva, mas por outro lado, retirou de Mina a possibilidade de sentir o amor, seja amando ou sendo amada. Porém, tudo muda ao chegar em Primavera Branca e conhecer o Rei: ela quer conquistá-lo, quer que ele lhe apresente o amor.


Ao mesmo tempo, conhecemos Lynet. A princesa de quinze anos não cumpre o esteriótipo tão conhecido ao qual normalmente estamos acostumados quando escutamos a palavra “princesa”. Lynet é livre de si mesma, vive fazendo estripulias por aí, ama o frio de Primavera Branca e não a mínima ideia sobre as condições de seu nascimento. E é a história dessas duas damas da Corte que vamos acabar acomapanhando.
Bom, como eu disse ali em cima, seria complicado avaliar uma releitura de uma história que eu gosto tanto e que eu já li muitas outras interpretações, mas até que fui surpreendida. Porém, me sinto no dever de avisar de cara que o título é um baita spoiler de uma revelação que acontece na primeira metade do livro. Tirando isso, e alguns outros clichês básicos do gênero romântico, em momento algum eu me pegava adivinhando quais seriam os próximos acontecimentos ou que rumo a história estava tomando. O enredo como um todo não foi nada menos que surpreendente (de um jeito bem bom).


Falando um pouco sobre os cenários, eu gostei mas tenho minhas ressalvas. Achei que a autora soube descrever bem os cenários do Sul, e era fácil imaginar a cena que eu estava lendo. De Primavera Branca não posso dizer o mesmo. As descrições existiam, mas achei surpeficiais, sem nenhuma riqueza de detalhes, principalmente comparados ao lado ensolarado do reino.
Em contrapartida, eu amei a construção de todos os personagens. Acompanhamos o crescimento das duas durante a trama e é muito bom poder notar a evolução de Mina e Lynet, tanto na relação uma com a outra quanto elas mesmas como personagens. O vilão foi construído de forma a ser odiado da primeira à última página mas mesmo assim é impossível não parabenizar a mente que Melissa criou para seu personagem. Os coadjuvantes do livros são todos muito importantes e eu poderia escrever um livro falando sobre a relevância de cada um deles (mas não vou, prometo hehe). Cinco estrelas no quesito personagens.


Estamos falando de um livro de fantasia, mas, porém, contudo, entretanto e todavia, temos um pouquinho de amor dentro dele, SIM. Ainda bem, porque meu coração é feito de açúcar. O romance que acontece nesse livro é um romance LGBT+ que dá várias voltas e idas e vindas (como um belo romance clichê, não é mesmo?!), mas o que eu realmente gostei e foi destaque é que o romance não foi tratado como um problema em nenhuma parte do livro, ou como algo confuso ou dramático ou desastroso ou caótico ou qualquer uma das opções possíveis que a gente costuma ver por aí.
Mas então né, quinze capítulos depois, vamo concluir né mores?! Eu gostei MUITO do livro, pra quem ainda não notou rs. Não achei que teve toda a hype que merecia no Brasil, mas realmente vale à pena. Relembra um clássico da nossa infância ao mesmo tempo que não tem absolutamente nada a ver mas aí você lê um trecho ou outro e pensa “MEUDEUS, estou lendo Branca de Neve” e acho que todo mundo que é fã de fantasia deveria tentar dar uma chancezinha pra esse livro porque esse é daqueles que chega pra fazer morada no coração.
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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Crisálida - Andressa Tabaczinski

Título Original: Crisálida
Título: Crisálida
Livro Único
Autor(a): Andressa Tabaczinski
Editora: Oito e Meio
Sinopse: Após uma tempestade, o corpo da jovem Amélia Moura, filha de um importante deputado do Paraná, é encontrado em meio às araucárias, em uma região afastada do centro de Curitiba. Em seu pescoço, marcas de esganadura revelam que alguém teve a intenção de colocar fim à sua vida. A investigação, precocemente arquivada por falta de evidências de um crime, é então reaberta, colocando como suspeitos os pais da jovem, seu ex-noivo, o empresário Rafael Salvatori, e a amiga com quem ela dividia o apartamento.
Alternando um narrador em terceira pessoa, que acompanha as investigações protagonizadas pela delegada Ana Cervinski e pelo policial Júlio Bragatti, com uma escrita em primeira pessoa, narrada pela própria jovem antes de morrer, vamos ficando cada vez mais próximos da verdade.
Quem terá colocado fim à vida de Amélia? Em que uma jovem professora de literatura, reservada e solitária poderia ameaçar os interesses de alguém? Através de um mergulho na geografia e nas tradições de Curitiba, cidade que hoje encontra-se em evidência devido aos últimos acontecimentos políticos do país, Andressa Tabaczinski constrói um thriller sensível e eletrizante. Uma reflexão sobre nossas contradições mais profundas, com um mistério que se sustenta até o final.

Quando eu descobri Crisálida, o primeiro motivo a me fazer querer ler esse livro foi o mistério. Eu sou apaixonada por qualquer policial, então livros com investigações costumam me ganhar fácil. Apesar disso, eu demorei um tempo até realmente procurar ler esse livro e poxa, que tempo perdido foi esse.

A história de Amélia é narrada entre flashbacks da vida dela e cenas depois que seu corpo é encontrado. Eu acho muito fácil pro autor se perder durante esse tipo de escrita, narrando fatos no passado antes ou depois deles serem descobertos no presente, fazendo com que o livro perca um pouco a graça. Bom, isso não aconteceu aqui. A investigação rolava enquanto Amélia ia nos contando os fatos de sua vida e nada se precipitou.

No começo (os primeiros 5 capítulos, mais ou menos), eu senti grande dificuldade de me envolver na história. Os personagens eram muito superficiais, o cenário era raso e o livro simplesmente não conseguia me agradar. Lá pra metade do livro acabei me prendendo mais na história, mas com o maior foco em descobrir o que iria acontecer com a vida de Amélia (a menina cria umas reviravoltas na própria história que minha nossa) e também para descobrir quem e porquê deu um fim à vida de nossa protagonista.

Eis que o mistério é descoberto e o único pensamento que me veio à cabeça foi: podre. Não da história e não do final. Mas do ser humano. O ser humano, as pessoas, nós. O assassinato de Amélia expressa uma realidade trágica na vida de milhares de jovens brasileiros todos os dias. O final do livro me fez chorar muito. Em nenhum momento me senti extremamente tocada pela história, mas a verdade que é expressada no final do livro corta o coração, principalmente daqueles que acreditam que o amor é a maior cura e força existente.

Se eu recomendo o livro? Oras, sem um piscar de dúvidas. Crisálida é uma história a ser lida por aqueles que precisam de um choque de realidade sobre sua hipocrisia. Pode ser para aqueles que, por mais triste que seja isso, precisam saber que não vivem essa realidade cruel sozinhos (meu desejo é que ninguém viva isso) e também para aqueles que só querem um policial rápido e fácil de ler, com um final criativo que sai da maioria dos clichês que já nos acostumamos.

Quem ler o livro ou já leu, não esquece de comentar aqui o que achou. Espero que vocês tenham gostado e que eu tenha conseguido expressar minha opinião como desejava. Até o próximo post, Bookaholics!





PS.: Só mais uma coisa: o assassinato da Amélia, como dito na sinopse, foi estrangulamento. Ao ler o livro vocês vão entender melhor isso. Mas lembrem-se:

Denuncie qualquer tipo de violência. A denúncia pode salvar uma vida!

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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

13 Segundos - Bel Rodrigues




Título Original: 13 Segundos Título: 13 Segundos
Livro Único
Autor(a): Bel Rodrigues
Editora: Galera Record
Sinopse:O primeiro livro solo de Bel Rodrigues mostra como o machismo pode, em apenas 13 segundos, mudar completamente a vida de uma garota Lola está no último ano do ensino médio e acabou de terminar um relacionamento. Ela sabe que foi a melhor decisão, mas ainda assim não é fácil encarar o vestibular e um coração partido ao mesmo tempo. Tudo que Lola quer agora é colocar a vida em ordem, descobrir a si mesma e reavaliar suas prioridades. Sua maior paixão é o canto, e por isso, incentivada pelos amigos, ela cria um canal no Youtube onde posta covers de suas músicas favoritas. Ela também quer se divertir, sair para beber com os amigos e conhecer pessoas. Em uma dessas noites que ela se envolve com John. O que era para ser só uma noite acaba ficando mais complicado quando ela descobre que ele faz intercâmbio no colégio dela... e do ex. Lola não quer se envolver, mas é difícil ignorar John, com todo aquele charme canadense. E quando tudo parece ter se alinhado, treze segundos são suficientes para mudar drasticamente a vida da garota. 13 segundos é um livro potente, que dialoga com os julgamentos que mulheres jovens enfrentam cotidianamente simplesmente por buscarem serem livres, por quererem ser elas mesmas.


A trama de 13 segundos começa muito sutil, contando a história de uma adolescente comum vivendo os dramas do último ano do ensino médio e toda aquela pressão em cima dela. A vida dela não é perfeita, mas é ok. E o desenrolar dessa história é muito suave, você lê sem perceber o passar das páginas. O público-alvo foi muito bem atingido porque é muito fácil se identificar e se envolver nessa história e nos pontos que vão surgindo ao longo do livro.

Como na vida de qualquer adolescente nada é previsível, a trama também não é. As coisas que vão acontecendo vem de surpresa e trazem um caminho diferente para o leitor traçar e ao chegar na reviravolta acontece tanta coisa (mas não de forma apressada e sim com a mesma sutileza) e o livro é tomado por um drama e um clima pesado que o nó na garganta é formado rapidinho.

Eu esperava um pouco mais do final, senti que ficou meio incompleto. Eu realmente queria mais, queria um desenrolar maior do fim dessa história (só não sei dizer se foi porque amei e não queria que acabasse ou se realmente faltou um pouco de final, talvez os dois).

A Lola é muito determinada e empolgada com todas as coisas que decide fazer, além de ser uma amiga muito leal. Admirei muito a personalidade da personagem, ela demonstrava muito suas emoções (e talvez eu tenha me incomodado um pouquinho com demonstração excessiva de carinho da parte dela). A personagem também se veste muito bem, aliás, quem for ler deve prestar atenção no estilo da Lola na hora de imaginar a personagem. As descrições feitas sobre a incrível voz da protagonista me deixaram com vontade escutá-la cantar.

Os personagens secundários também não deixaram a desejar e mostraram seu papel. Mostraram-se amigos leais, presentes, divertidos e pessoas incríveis. As amigas da Lola (Ariel, Anna e Melissa) vivem seus próprios dramas e suas próprias histórias mas estão sempre ali uma pela outra, possuem personalidades únicas e sabem definir bem a palavra sororidade.

A escrita da Bel prende já na primeira linha e te segura até o último ponto final. Eu gostei de como ela colocou mais de um ponto de vista no livro e soube trabalhar cada ponto de um jeito único. Outra coisa que eu gostei muito é que em alguns momentos do livro eu enxergava a autora e esse é um sentimento muito bom, te faz se sentir próximo do autor e isso é muito legal.

Que capa linda é essa, Galera Record?! Mexeu com meu coração e é muito um livro que eu compraria por causa da capa. Amei as músicas no início de cada capítulo, acho que traz mais emoção pra leitura escutar essas músicas durante a mesma e que essa foi a intenção do autor.


Não foi um dos livros favoritos de 2018, mas foi um livro delícia de ler. Peguei como quem não queria nada e terminei no mesmo dia! Foi rápido, foi bom, foi reflexivo, foi triste também hehe mas me ensinou que não precisa ser livro favorito pra ser recomendadíssimo!



PS. muito especial: Como o livro tem uma influência musical muito forte, com diversas músicas citadas e que casam muito bem com a leitura, eu criei uma playlist no Spotify com todas as músicas citadas no livro! E é só clicar aqui pra ter acesso.

Um beijo no coração de vocês, espero que curtam! 


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domingo, 19 de agosto de 2018

Senhorita Aurora - Babi A. Sette | Quatro Por 4


Título Original: Senhorita Aurora

Título: Senhorita Aurora
Livro Único
Autor(a): Babi A. Sette
Editora: Verus
Sinopse: Nicole é uma jovem bailarina e está prestes a realizar seu sonho: estrear no papel principal em uma peça na Companhia de Ballet de Londres. Tudo estaria perfeito se não fosse pela presença de um dos seus diretores, o temido Daniel Hunter, um maestro prodígio de temperamento difícil, com um humor sombrio e que desperta em Nicole sentimentos contraditórios. Quando uma tempestade de neve isola os dois em uma mansão centenária, Nicole e Daniel serão obrigados a encarar não apenas os segredos que atormentam o maestro, mas também uma paixão proibida — e avassaladora — que nasce entre eles.
Entre a tão sonhada carreira na dança, um amor intenso como ela nunca sentiu e a própria segurança, Nicole se verá diante de escolhas que parecem impossíveis. E caberá a ela resgatar Daniel de seu próprio passado...

Senhorita Aurora é um romance poderoso, tocante e perturbador, que mostra que todos merecem uma segunda chance, até mesmo alguém com fama de monstro.



Análises:



Análise da Carla - Coelho da Lua:

Esta é a segunda vez que leio este livro e minha visão sobre os personagens mudou um pouco.

Para começar, a Nicole pareceu mais imatura e eu passei o livro inteiro achando que ela tinha 17 anos. Daniel tinha uns surtos desnecessários de grosseria; e a Natalie se tornou uma amiga muito incoveniente.

Mas é claro que o meu lado menininha falou mais alto e eu adorei a história mesmo assim.
Ainda consegui me emocionar/abalar com o modo como as coisas foram colocadas. Foi um tanto quanto impactante, e o tema abordado é comumente deixado de lado, ainda que muito presente na sociedade.
Com cenas emocionantes e muitas frases a serem destacadas, este livro mexeu com meu emocional, e continua na minha lista de favoritos!


Análise da Flá - Coelho da Lua

Mesmo lendo pela segunda vez, o sentimento é o mesmo. Li segurando a respiração porque sabia o que estava por vir, e que seria difícil reler.

Eu ainda acho Nicole chata e infantil, e Daniel um antiquado ao extremo, mas o conto de fadas e a história de amor ainda me deixaram suspirando. 
Nicole é destemida e determinada, não sabe receber um não como resposta, mas também é apaixonada pela vida. E transmite isso pelo balé.
Daniel é misterioso, rude, não deixa ninguém se aproximar porque carrega uma culpa gravada no corpo, que o faz lembrar constantemente das escolhas ruins que tomou no passado. E por conta da tempestade de neve, são obrigados a conviver por alguns dias e acabam conhecendo um lado do outro mais do que pretendiam, e despertando sentimentos avassaladores.
O segredo de Daniel, quando revelado, é o divisor de águas, na minha opinião. É quando Daniel abre seu coração novamente e Nicole é obrigada a deixar seu lado imaturo e inocente e lado.
Senhorita Aurora é totalmente sobre o descobrimento do amor e superação. 


Análise da Cah - A Bookaholic Girl:

Esse é o tipo de livro que não é para mim! Eu estava com as expectativas em alta, mas infelizmente a história de Nicole e Daniel Hunter não me convenceu. Os personagens principais me soaram
desagradáveis, Nicole por sua imaturidade em várias "ceninhas" para chamar a atenção e Daniel pelas suas atitudes estilo o boy amargurado com algum mistério, sendo uma justificativa para tanta grosseria. Além disso, a química sexual inegável entre a bailarina e o maestro me fizeram revirar os olhos em diversos momentos, principalmente porque estamos sob a perspectiva da garota. Vale reconhecer que o ritmo de leitura, a ambientação, a música e o tema do ballet foram pontos positivos para mim em meio aos dramas excessivos de Nicole e a arrogância de Daniel. O mistério do maestro era um ponto que eu estava muito curiosa para saber como seria trabalhado, já que é um tema que eu não tinha visto ainda em nenhum outro livro,  e mesmo que eu tenha amado a esta abordagem que precisa ser mais colocada em discussão social, infelizmente não foi o suficiente para eu gostar e me envolver tão profundamente no romance considerado arrebatador escrito pela autora Babi A. Sette. 


Minha análise:

Senhorita Aurora foi um livro que me deixou em crise por não saber criar uma opinião sobre ele. Os protagonistas me fizeram detestá-los no início do livro e em alguns momentos da parte final mas
conhecer e entender suas histórias me fez amá-los e entendê-los. Me identifiquei demais com a Nicole e com alguns dos momentos pelos quais ela passou. Gostei muito da criatividade da autora pra escrever a história do Daniel, pois era algo que eu nunca havia lido antes.
Por falar na autora, eu tive um sério problema com a escrita nela no início do livro. As páginas passavam e eu cheguei na 100 achando que ainda estava na página 30 porque pareciam as mesmas palavras e a mesma situação o tempo inteiro e acabei só me envolvendo com a história lá pela metade do livro. Mas esses poréns não me impediram de me apaixonar completamente por essa história, desejar mais e mais de todo esse universo e adicionar esse livro na lista de favoritos!


É isso, pessoal! Espero que tenham gostado e não se esqueçam de deixar a opinião de vocês sobre esse livro (pra quem já leu) aqui nos comentários.





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