quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Bem-Vindos à Rua Maravilha - Gabriel Mar


Título Original: Bem-Vindos à Rua Maravilha
Livro Único
Autor(a): Gabriel Mar
Editora: Publicação independente
Onde Comprar: E-book | Disponível no Kindle Unlimited
Sinopse: Quando Igor escreveu Rua Maravilha, a última coisa que esperava era ser levado à sério. Mas, depois de conhecer o diretor/prodígio/gênio André Mariani, descobriu que seu texto era tão bom que poderia tornar-se um musical. Nos próximos meses, a vida de Igor será tomada pela produção desse espetáculo, juntando um grupo de atores tão apaixonados quanto os autores da peça. E entre ensaios, suor e lágrimas, eles fazem de tudo para transformar Rua Maravilha em realidade.

Igor sempre foi apaixonado pelo teatro e sempre quis ser ator, mas conforme ficava mais velho esse sonho foi se distanciando cada vez mais da realidade. Até que um dia ele acaba escrevendo uma peça e esse roteiro vai parar nas mãos de um famoso diretor e tem chances reais de acontecer na vida real. Então começa uma correria entre ensaios, escrever músicas, planejar uma peça, viver um romance e ainda descobrir umas boas verdades sobre si mesmo.

Previsível definitivamente não é uma palavra capaz de definir esse livro. Pelo menos durante a minha leitura eu não fazia ideia do que ia acontecer na página seguinte, mas o meu coração torcia muito para que tudo ficasse bem no fim das contas. O fato de a história se passar no universo do teatro e dos musicais só tornou tudo mais incrível pra mim, porque sempre acreditei que os palcos sempre carregaram um pouco de magia consigo e foi apaixonante ver essa magia transmitida na história.

Devo dizer que eu AMEI os personagens. É muito fácil se identificar com eles e querer saber mais. Todos eles possuem suas próprias camadas, seus próprios passados e sua própria história pronta pra ser contada a quem quisesse ouvir. Eles são complexos e cheio de personalidade e foi impossível pra mim não querer chamar todos eles pra uma noite regada a vinho aqui em casa só pra conversar da vida.

Eu amo essa capa. Ela é linda, tem todos os personagens e super combina com a história. Confesso que achei alguns erros de revisão que me incomodaram um pouco, mas não tornou minha leitura algo difícil então preferi relevar. 

A escrita do Gabriel Mar é uma delícia. Te envolve desde o começo e eu achei muito inteligente usar o Igor como o narrador porque ele é uma pessoa fantástica. Eu lia e sentia que o autor era o meu melhor amigo e estava lendo pra mim. Definitivamente, uma das melhores sensações do mundo.

Estamos falando de uma história envolvente e apaixonante. Uma história que te envolve na página um e te deixa com um gostinho de quero mais. Mais tempo com esses personagens, mais tempo com essa escrita, mais tempo envolvido naquele universo. Bem-Vindos à Rua Maravilha enche o leitor de emoções, de expectativas. Você torce e vibra com cada vitória e sofre com as derrotas dos personagens. As engrenagens da sua cabeça vão tentar adivinhar tudo o que está acontecendo e porque acontece. A vontade de decifrar os personagens por se identificar com eles te transporta pra novas descobertas. Essa história mexeu comigo em níveis que eu nem sabia serem possíveis, e eu mal posso esperar pelas próximas que o autor tiver em mente.
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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

As Desventuras de Arthur Less - Andrew Sean Greer


Título Original: Less: A Novel
Livro Único
Autor(a): Andrew Sean Greer
Tradução: Márcio El-Jaick
Editora: Record
Onde Comprar: Físico | E-book
Sinopse: Arthur Less é um escritor medíocre prestes a completar 50 anos. Certo dia, recebe um convite de casamento: o homem com quem teve um relacionamento não tão sério assim nos últimos nove anos está com data marcada para se casar. Ele não pode dizer que vai, pois seria estranho demais, e não pode dizer que não vai, já que seria o mesmo que admitir a derrota. Less pensa: "O que eu posso fazer para não estar na cidade na época do casamento?" Então, em sua mesa, vê vários convites para eventos literários menores no mundo inteiro. O que ele faz? Aceita todos!
O que poderia dar errado? Arthur Less quase se apaixona em Paris, por pouco não morre caindo em Berlim, foge de uma tempestade de areia no deserto do Saara, reserva por acidente estadia num retiro cristão na Índia e encontra, numa ilha deserta no mar Arábico, a última pessoa que gostaria de ver no mundo. Em algum ligar no meio disso tudo, ele faz 50 anos. E, em algum momento em meio a isso tudo, ele encontra seu primeiro amor. E seu último.
Porque, apesar de todos esses erros, de todos esses mal-entendidos, de todos esses enganos, As Desventuras de Arthur Less é uma história de amor.

Arthur Less é um escritor de um sucesso só (que nem fez tanto sucesso assim) e após ter seu novo manuscrito rejeitado e receber o convite de casamento de seu ex, ele resolve que a melhor ideia possível é fugir do evento aceitando convites para diversos eventos literários ao redor do mundo.

A trama nos leva para diversos destinos, onde Less passa por um perrengue diferente toda vez. É um romance nada previsível, e é legal ficar lendo para saber o que acontece no próximo destino. Algumas pistas sobre o final da história surgem do meio pro final, mas é preciso certa atenção para percebê-las.

Less não é o personagem mais cativante do mundo. Ele pratica muito auto-sabotagem ao longo da história, além de não acreditar no próprio potencial. Mas no fim das contas, é um personagem que te diverte e te intriga um pouco. Você não vai torcer contra nem a favor do nosso protagonista, mas vai ficar curioso pra saber o final dele. Os personagens coadjuvantes aparecem mais como suporte de apoio para a história de Less.

Um ponto muito interessante pra mim foi a narração. Nesse livro temos um narrador em primeira pessoa mas que não é o Less. Nosso narrador está contando a história de Less (então poderia ser um livro narrado em terceira pessoa), mas ele acaba se referindo a si mesmo várias vezes além de ser um dos personagens da nossa história. Achei muito legal.

A capa é a mesma da edição americana e eu acho linda. A diagramação é bem de boa, simples e confortável pra ler. A escrita do autor não é a das mais envolventes e os capítulos são bem longos, o que dificulta prender o leitor na história.

Me lembrando bastante a história "A Volta Ao Mundo em Oitenta Dias", foi uma leitura bem legal de fazer. Não entrou pro pódio de melhores leituras nem no pódio das piores. Foi um livro que eu esperava me divertir, dar muita risada e suspirar (como todo chick-lit) mas no fim das contas foi bem mais uma distração pra passar o tempo e entreter. Um clássico livro 3/4 estrelas com um pouco de plot twist.


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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

As Anônimas: Para Todas as Garotas do Mundo - Amy Reed


Título Original:
The Nowhere Girls
Livro Único
Autor(a): Amy Reed
Tradução: Amanda Moura
Editora: Única
Onde Comprar: Físico | E-book
Sinopse: Grace Salter é nova na cidade. Sua família foi expulsa de sua antiga comunidade depois que sua mãe, uma pregadora fanática, tornou-se uma radical liberal após sofrer um acidente e bater a cabeça muito forte.
Rosina Suarez, queer punk, pertence a uma família mexicana imigrante e muito conservadora. Seu maior sonho é viver de música em vez de trabalhar como babá dos seus primos e servir mesas no restaurante do seu tio,
Erin Delillo é obcecada por duas coisas: biologia marinha e Jornada nas Estrelas. Mas, essas duas coisas não são o suficiente para distraí-la da sua real suspeita: ela poderia ser, de fato, um androide.
Quando Grace descobre que Lucy Moynihan, antiga ocupante de sua nova casa, foi expulsa da cidade por ter acusado os garotos mais populares do colégio de estupro coletivo, fica indignada pela garota nunca ter conseguido se vingar - e ela não é a única.
Grace está determinada a fazer algo a respeito do que aconteceu com Lucy. Ela, Rosina e Erin formam um grupo no colégio para resistir à cultura do sexismo e boicotar o sexo de qualquer gênero com os meninos.
Contada em diferentes perspectivas, essa história empolgante é não só uma acusação contra a cultura do estupro, como também explora, com honestidade, as mais profundas perguntas sobre adolescência e sexualidade.

AVISO DE GATILHO - ESSE LIVRO CONTÉM CONTEÚDO SENSÍVEL DE ESTUPRO E ABUSO SEXUAL


O livro começa com um capítulo de contextualização para que o leitor já possa conhecer as personagens, o início de suas histórias e já comece a especular o que vai acontecer daí pra frente. Logo em seguida já vamos acompanhando Grace se mudando para Prescott, achando diversos rabiscos pelas paredes e móveis de seu novo quarto e tentando entender o que se passava na cabeça da antiga moradora. Ao mesmo tempo vamos acompanhando um lampejo da rotina de Rosina, com toda a agitação de sua família e o trabalho no restaurante do tio, e de Erin, com o fascínio por Jornada nas Estrelas, o cachorro (Spot) adorável e a mãe super-protetora que só quer entender a filha.

A trama desse livro é diferente do que eu esperava, mas não é menos envolvente ou emocionante por isso. A surpresa com os rumos que a história estava tomando só me deixou louca de vontade de ler logo pra saber o que ia acontecer. A narrativa é bem construída e não confunde o leitor.

Preciso falar que eu amei nossas três protagonistas. As três são super bem feitas, cheias de camadas, cada uma com seu próprio passado, com sua própria história, com seus próprios conflitos. E elas crescem de uma maneira tão linda, é empolgante ver a evolução de todas elas ao longo do livro. A história também conta com outras personagens muito legais, muito importantes, com bastante representatividade e que te fazem torcer por cada uma delas.

A escrita da autora é simples, mas muito bem feita. Me envolveu desde a primeira página e só me soltou quando eu terminei o livro. A narração em terceira pessoa não se diferencia a cada ponto de vista, mas ao mesmo tempo não atrapalha em saber de qual personagem estamos falando naquela hora. Um porém é dado pelos inúmeros erros de tradução e revisão que começam a surgir do meio pro final e atrapalharam demais a leitura. Acho que seria legal pra editora fazer uma nova revisão caso haja uma reimpressão dos livros.

As Anônimas é um livro cruel, bruto, escrito pra ser um soco na cara de quem ler e fazer a pessoa acordar. Esse é um livro que eu digo: leia com cuidado, porque possui cenas fortes, mas leia. Absorva todo o conhecimento possível desse livro que é de ficção, mas é uma ótima introdução ao feminismo e sua importância. Essa história vai te deixar indignado, com vontade de jogar o livro na parede, com vontade de entrar ali e dar uma sacudida em alguns personagens e te fazer entender que a realidade ali existe no mundo real, de forma mais sutil e discreta mas igualmente cruel.
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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

As Dez Mil Portas - Alix E. Harrow

Título Original: The Ten Thousand Doors of January
Livro Único
Autor(a): Alix E. Harrow
Tradução: Jacqueline Valpassos
Editora: Universo dos Livros
Onde Comprar: Amazon | Submarino
Sinopse: Hipnotizante e comovente, As Dez Mil Portas acompanha a busca de uma jovem por seu pai desaparecido, seu lugar no mundo e o mistério por trás de um porta inesperada.
Existem verdades sobre o mundo que nunca devem ser reveladas. No verão de 1901, January Scaller, de sete anos, encontrou uma Porta - o tipo de porta que leva ao Mundo das Fadas, ao Valhalla, à Atlântida, a todos os lugares nunca encontrados em um mapa.
Anos depois desse acontecimento, January leva uma vida tranquila e solitária, até que, certo dia, se depara com um estranho livro, que traz o perfume de outros mundos em suas páginas e conta uma história de portas secretas, amor, aventura e perigo. Um livro que poderia levá-la de volta à porta meio esquecida de sua infância. Mas, à medida que January obtém respostas para perguntas que nunca tinha imaginado, as sombras se aproximam.

January é uma criança de sete anos que cresceu numa realidade que nunca foi esperada para alguém como ela. Como uma criança preta em uma sociedade no início do século XX, já é de se imaginar como seria o tratamento que ela receberia das pessoas. Porém, graças ao chefe do pai, ela cresceu em uma enorme casa, sempre vestindo e comendo do bom e do melhor e cheia de tutores e babás. O pai é uma figura ausente e sempre viajando a trabalho, a mãe está fora de cena desde que ela era um bebê e ela tem como figura paternal o dono de sua moradia.

Numa viagem com seu tutor, ela descobre uma Porta no meio de um descampado e logo percebe que aquela não é uma Porta qualquer. Quando abre, se depara com um outro mundo e com uma curiosa moeda que ela nunca havia visto antes. Dez anos se passam, e nesse tempo ela esqueceu da porta e se dedicou em apenas ser uma criança exemplar que sabe o seu lugar, mas isso tudo muda quando January encontra o livro entitulado "As Dez Mil Portas" e memórias voltam a encher sua cabeça e seus sonhos.

A trama desse livro me encantou, devo dizer. Aqui nós temos (em um certo pedaço da história) um livro dentro de um livro, e uma história que te intriga, te envolve e não te deixa largar. Eu amei como não é nada previsível, como a autora conseguiu narrar uma linha de pensamento tão única e divertida. É uma trama pra se entreter e com certeza é uma delícia de ler.

Vamos falar dessa protagonista que já é minha favorita de 2020? Vamos sim. Eu amo a January. Desde sua primeira aparição com apenas sete anos ela já uma personagem cativante e cheia de personalidade e atitude. Ela é esperta, ela é sensata, ela corre atrás daquilo que ela quer. Sabe aqueles personagens burros que o leitor já entendeu tudo o que tá acontecendo e o que precisa ser feito mas o personagem ainda não? Então, ELA NÃO É ASSIM! E eu também amei como ela não é uma vítima. Ela luta quando precisa lutar, ela trabalha quando precisa trabalhar, ela não fica chorando e se lamentando, ela vai e procura mudar a situação e eu amei demais isso.

A escrita da autora é uma escrita simples, sem muitos floreios e poesias, porém é bem envolvente. A narração é bem descritiva pra poder ajudar na imaginação do leitor em relação às cenas mas não chegou a ficar lenta em nenhum momento da leitura pra mim. Mas eu curti muito a ideia, o universo e tudo o que a autora fez com esse livro e mal posso esperar por novas histórias dela.

A diagramação do livro é super tranquila e confortável para os olhos, a capa está lindíssima como vocês puderam ver. Outra coisa que é muito bom e importante de ressaltar é que eu gostei bastante da tradução, não achei que em momento algum foi algo que prejudicou a leitura ou que houveram trechos com a tradução confusa, muito pelo contrário.

Minha única ressalva com esse livro, que fez com que eu tirasse meia estrela da nota final no Skoob, foi o final. Eu achei o final um pouquinho conveniente e muito Disney Channel para o que eu queria. Veja bem, não é um final ruim (muito pelo contrário). Só não é o que eu queria e esperava baseando na minha experiência de leitura.

Esse é um livro sensacional, muito bem escrito, cheio de aventuras mas nada muito exagerado ou fora da realidade. Mesmo sendo um livro de fantasia, não são fantasias daquelas extremamente impossíveis. A magia aqui é a mesma magia que a gente sonha toda noite quando é criança, a magia que só uma criança consegue verdadeiramente acreditar, trazendo muita nostalgia e amor durante a leitura. Uma protagonista incrível, personagens coadjuvantes que também possuem suas próprias histórias e camadas, reviravoltas que eu não esperava acontecer e uma experiência de leitura inesquecível são coisas que podem resumir muito bem o que ler "As Dez Mil Portas" foi pra mim.
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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Descoberta Musical da Quarentena: Sabrina Carpenter



Oie! Como cês tão, hein?! Por aqui, tá tudo bem... tô respirando!

Indo ao que nos interessa... Hoje vamos falar um pouco mais sobre Sabrina Carpenter. 

Sabrina Ann Lynn Carpenter ficou bastante conhecida pela sua personagem "Maya" na série "Girls Meet World" do Disney Channel. Além de atriz, Sabrina é dançarina e compositora...  Ah! Meu amor, ela é cantora! 

Então já sabem a recomendação musical dessa semana, certo?

Sabrina começou sua carreira em 2011 como atriz e cantora fazendo pequenas participações em séries e programas de TV, porém sua carreira começou a realmente decolar em 2013, quando foi escalada para interpretar a personagem "Maya Heart" no Disney Channel.
Ainda em 2013, Carpenter assinou um contrato com a Hollywood Records e no ano seguinte deu início sua carreira profissional como cantora.

Atualmente, com apenas 21 anos, Sabrina possui 4 álbuns, sendo eles: "Eyes Wide Open" (2015), "EVOLution" (2016), "Singular: Act I" (2018) e "Singular: Act II" (2019).

O meu álbum favorito é o "Singular: Act I" e vocês podem conferir não apenas esse mas também todos os outros em qualquer plataforma de streaming musical (os links do post vão direto para o Spotify). 

E aproveitando a divulgação da querida, não deixem de conferir alguns dos filmes os quais ela fez parte, como por exemplo "O Ódio que Você Semeia" e "Crush à Altura".

Ahhhhh! E hoje (07/08) temos mais um filme, "Work It", e vocês podem conferir diretamente na Netflix! 

Beijos da web diva Thalli e até a próxima! 🍃
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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Filme: As Golpistas



Título Original: Hustlers
Elenco: Jennifer Lopez, Lili Reinhart, Cardi B, Constance Wu, Julia Stiles, Keke Palmer, Lizzo
Duração: 1h 44m
Ano: 2019
Roteiro: Lorene Scafaria
Produção: Jennifer Lopez, Will Ferrell, Adam McKay, Jessica Elbaum, Benny Medina, Elaine Goldsmith-Thomas
Direção: Lorene Scafaria
Sinopse: Em entrevista concedida a Elizabeth (Julia Stiles), jornalista da New York Magazine, a ex-stripper Destiny (Constance Wu) conta em detalhes como conseguiu o emprego e conheceu Ramona (Jennifer Lopez), ícone do meio que logo se tornou sua grande amiga. Devido à crise financeira que abalou Wall Street em 2008, Destiny e Ramona viram o declínio na quantidade de clientes na boate em que trabalham afetar sua própria rentabilidade. Com isso, decidem elas mesmas iniciar um plano onde, juntamente com algumas amigas, vão atrás de homens em restaurantes para, após dopá-los, faturar em cima de seus cartões de crédito.

O filme é retratado como biografia e conta a vida de uma stripper. Neste caso, a ex-stripper Destiny está dando uma entrevista e ela vai contando aos poucos como e porque precisou entrar nesse ramo, além de relatar como foi criando amizades e família com quem trabalhava com ela na mesma boate.

A Destiny traz um feminismo muito forte nesse filme, mostrando para a entrevistadora e para quem assisti o filme que a profissão de stripper envolve estar cercada em um ambiente machista, cruel e perigoso para a mulher. Ela destaca a importância de nunca se julgar alguém antes de conhecer toda a história e entender o motivo daquela pessoa estar ali. E isso foi o que eu mais gostei nesse filme.

A história é ok, num geral. Não é muito politicamente correta, por causa dos golpes que as personagens praticam, mas isso tá na sinopse então não dá pra criticar muito visto que estava explícito que era isso que o filme ia mostrar. Eu gosto que não é muito previsível e que a trama é linear. O roteiro também é tranquilo, sem nenhum diálogo que se destaque muito mas também nenhum diálogo ruim.

Eu quis assistir esse filme simplesmente por causa do elenco que é incrível. Além de ser um elenco super diversificado e cheio de representatividade, ele é composto por mulheres que eu admiro demais. E todas fazem um trabalho muito legal nesse filme e tem uma atuação boa, e isso é bem legal de ver.

Esse não é um dos melhores filmes que eu já assisti, mas ele é legal e super válido durante uma tarde de entretenimento. Não é uma das minhas top recomendações mas também não é uma total perda de tempo sabe?! Acho que é uma experiência válida, relativamente divertida, boa pra passar o tempo, entender um pouco mais sobre a vida das mulheres que fazem isso pra viver e tudo o que elas sofrem. Não é um filme que todo mundo vai gostar, mas é um filme que, na minha opinião, muita gente deveria assistir em algum momento. Fora que o filme tem umas cenas bem fofas que esquentam o coração e aconchegam a alma, tudo o que a gente precisa.
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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Recursão - Blake Crouch

Título Original: Recursion
Livro Único
Autor(a): Blake Crouch
Tradução: Sheila Louzada
Editora: Intrínseca
Onde Comprar: Amazon | Submarino
Sinopse: As memórias constroem a realidade.
É isso que o policial Barry Sutton descobre ao investigar um fenômeno chamado Síndrome da Falsa Memória, uma doença misteriosa que enlouquece as vítimas ao plantar lembranças de vidas que elas nunca tiveram. Em sua busca pela verdade, Barry se depara com um oponente mais assustador do que qualquer doença, uma força que ataca não apenas a mente, mas a confecção de nossas memórias. Sua única chance de compreender e interromper a marcha galopante do caos está nas mãos da neurocientista Helena Smith, uma mulher amaldiçoada por sua invenção, a criadora de uma tecnologia que deveria salvar vidas, mas que acabou esfacelando a realidade. Conforme os efeitos desse fenômeno fazem ruir o mundo que conhecemos, Barry e Helena terão de se unir se quiserem sobreviver - e salvar a todos nós.
Em sua obra mais ambiciosa, Blake Crouch entrelaça ação e mistério num enigma eletrizante sobre tempo, identidade e o poder da memória.

Recursão conta duas histórias em paralelo que em determinado momento do livro acabam se unindo. A primeira é a do Barry, um policial da NYPD, que perdeu a filha há algum tempo e acabou se divorciando da esposa, o que fez com que ele se jogasse de cabeça no trabalho. A segunda história é da Helena, uma cientista incrivelmente talentosa e inteligente que dedica sua carreira a desenvolver uma cadeira capaz de armazenar memórias de pacientes com Alzheimer depois que a mãe é diagnosticada com a doença.

A trama foi bem construída e é imprevisível. Qualquer mínimo detalhe pode ser um spoiler e o que eu acho ideal é ler esse livro sem ler a sinopse (se você acabou de ler a sinopse do post, dá um tempinho antes de pegar o livro pra sua mente esquecer hehe) porque foi o que eu fiz e isso colaborou muito na minha experiência de leitura.

O livro é narrado em terceira pessoa mas tem os pontos de vista dos dois protagonistas. Por mais que eu tenha simpatizado muito mais com o Barry, eu gostei bem mais dos capítulos da Helena. Ela é chata em alguns momentos e me irritou, mas são os capítulos que tem a parte mais científica e foi isso que me prendeu na história.

Muita gente fala como esse livro é super confuso, e realmente consegue ser. Se eu explicar direito o motivo vai ser o maior spoiler da vida, então só consigo avisar vocês pra ficarem atentos em detalhes e aos adeptos dos post-its e flags é uma boa usar nas partes que tiver explicações pro caso de você se perder durante a leitura, dá pra voltar e ler só essas partes.

Eu tive dois grandes problemas com esse livro: o romance e o final. Eu não comprei esse romance, não fui conquistada, achei que poderiam ter se formado casais muito mais legais e que fossem mais interessantes e também teriam sido mais trabalhados. O romance que o autor criou no livro simplesmente aconteceu, muito instalove. O meu problema com o final é que foi MUITO simples. O autor criou uma bola de neve que não parava de aumentar a cada capítulo e o final foi extremamente fácil, simples e conveniente pra todo o caos que ele criou.

Mesmo com esses problemas, é um livro bem bom. A história é envolvente, a escrita do Blake é fluida e sem muitos floreios, tornando uma leitura fácil e rápida. Ficando atento não tem como se confundir muito com as partes mais científicas. Não foi meu livro favorito do ano e desconfio que vá ser meu livro preferido do autor, mas foi uma experiência de leitura boa e que eu recomendo pra todo mundo que curtir livros de ficção científica e/ou histórias imprevisíveis.


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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Por Isso A Gente Acabou - Daniel Handler

Título Original:
Why We Broke Up
Título: Por Isso A Gente Acabou
Livro Único
Autor(a): Daniel Handler
Tradução: Érico Assis
Editora: Seguinte
Onde Comprar: Amazon | Submarino
Sinopse: Por Isso A Gente Acabou trata, com a comicidade típica do autor, de uma situação difícil pela qual todos um dia irão passar: o fim de uma relação amorosa e toda a angústia, trsiteza e incerteza que essa vivência pode gerar. 
Min Green e Ed Slarteron estudam na mesma escola e, depois de apenas algumas semanas de convívio intenso e apaixonado, acabam o namoro. Depois de sofrer muito, Min resolve, como marco da ruptura definitva, entregar ao garoto uma caixa repleta de objetos significativos para o casal junto com uma carta falando sobre cada um desses objetos e do episódio que ele representou, sempre acrescentando, ao final, uma nova razão para o rompimento.
Essa carta é o texto de Por Isso A Gente Acabou, que é, assim, carregado de um tom informal e tragicômico - características da personagem - e traduz com um misto de simplicidade e profundidade a história de uma separação. Imerso neste universo adolescente, o leitor conhecerá a divertida personalidade de Min, uma garota apaixonada por filmes cujo sonho é ser diretora de cinema, e as idas e vindas deste romance, desde o dia em que os dois conversaram pela primeira vez até o instante em que tudo acabou. A artista Maira Kalman, autora de diversas capas da revista The New Yorker, ilustrou cada um dos objetos da narrativa, trazendo cor e descontração a esta história dolorida.

Aqui nós temos a história de um breve relacionamento contada através do olhar da protagonista, a Min. O livro inteiro é uma carta que ela está escrevendo pra seu ex Ed, que será entregue junto com uma caixa cheia de objetos que de alguma forma participaram dos momentos desse casal e explicando como aquelas situações contribuíram para o término do que eles tinham juntos.

Esse é um livro que, por motivos óbvios, você começa já sabendo o final. Mas isso não tira de forma alguma a vontade de ler e de conhecer essa história. A trama é toda envolta no relacionamento da Min com o Ed, como se formou, como se desenvolveu e porque teve um fim, e é algo muito legal de acompanhar. Apesar de um romance ter os seus clichês, essa história não teve muitos momentos previsíveis e evoluiu de uma forma bastante linear e agradável.

Essa leitura foi uma segunda tentativa. Da primeira vez, eu acabei abandonando por achar a protagonista chata e dar a causa do término exatamente por essa chatice, afinal, quem escreve uma carta tão longa? Mas fico feliz de ter dado essa segunda oportunidade. Consegui me colocar um pouco no lugar da Min (o que viver algumas situações não faz, né gente?!), fui entendendo as colocações dela e apesar de achar ela um pouco iludida em alguns momentos, isso não me incomodou ao ponto de parar a leitura, até porque a Min acaba de mostrando cheia de camadas e evoluindo, sendo a personagem mais bem construída. Os outros personagens, incluindo o Ed, foram chatos e sem profundidade ao meu ver. Em algumas partes do livro eu estava 100% indiferente à existência deles e se eles não estivessem lá eu não ia ver problema.

A escrita do Daniel Handler não é nada inovadora, e também não achei muito envolvente. Mas também não é uma escrita ruim, longe disso. É bem ok. Fácil de ler, sem necessidade de muitas frases de efeito (destaquei apenas dois quotes nesse livro), nada rebuscada, bem direcionada para o público-alvo do livro. As ilustrações são lindas, bem coloridas, dão um ar mais leve e divertido pra história e tornam tudo um pouco mais palpável, na minha opinião.

De um modo geral, esse é um livro bem de boa pra passar o tempo e distrair a cabeça. Dá pra se deliciar com as ilustrações e por ser uma história não muito óbvia é legal ir montando o quebra-cabeça do relacionamento do Ed e da Min e entender porque eles acabam terminando, mas não é nenhuma história de outro mundo e não vai entrar no meu pódio de favoritos do ano. 
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segunda-feira, 20 de julho de 2020

Descoberta Musical da Quarentena: Hailee Steinfeld



E vamos de post sobre música aqui nesse blog porque ninguém aguenta só ler o tempo todo (e conhecer artistas novos é sem algo válido!)

Gente, até mudei o dia da semana que tá saindo esse post pra vocês não confundirem eu e a Thallita. E pra começar a semana de um jeito bem legal, eu vim falar da Hailee porque tenho gostado muito das músicas dela, principalmente das letras que ela cria.

Mas antes um contexto sobre nossa lindíssima artista: Hailee Steinfeld tem 23 anos, é sagitariana e é muito mais conhecida por seus trabalhos como atriz participando de filmes como A Escolha Perfeita 2, Bumblebee e Quase 18. Ela também já foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel no filme True Grit em 2010, quando tinha 13 anos. Um prodígio.

O que muita gente não sabe é que a Hailee também vem construindo uma carreira na música. Ela não só canta como também compõe e tem letras muito fortes, algumas bastante pessoais, e que eu me apaixonei.

A produção das músicas do último EP dela, Half Written Story, não me agradaram TANTO assim mas eu ainda curti e quis trazer essa indicação pra vocês. A minha música favorita do EP é Your Name Hurts, porque eu adorei a letra e adorei em como a melodia foi inserida. Uma que também é bem legal é End This (L.O.V.E.), mas tem uma produção mais diferente e que pode não agradar todo mundo.



A minha música favorita da Hailee é Most Girls, porque eu acho que ela representa muito bem, ela levanta a bandeira do feminismo, o clipe casa com a música, tem uma história e é bem legal. Love Myself também tem um clipe MUITO legal, divertido e que passa uma mensagem importante. Deixei aí em cima pra vocês poderem ver e dar a opinião de vocês.

Bom, post curtinho pra trazer essa dica pra vocês. Fiquem de olho na Hailee porque ela tem uma voz muito bonita, ela tem vocais muito bem posicionados, ela tem composições cheias de potencial e ela ainda pode surpreender muito na indústria musical.
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quinta-feira, 9 de julho de 2020

As Batidas Perdidas do Coração - Bianca Briones

Título: As Batidas Perdidas do Coração
Série: Batidas Perdidas
1. As Batidas Perdidas do Coração
2. A Escolha Perfeita do Coração
2.1. O Primeiro Natal (conto)
3. O Descompasso Infinito do Coração
4. O Desapego Rebelde do Coração
4.1. Entre o Último e o Primeiro Dia (conto)
5. O Desejo Secreto do Coração
Autor(a): Bianca Briones
Editora: Verus
Onde Comprar: Amazon | Submarino
Sinopse: Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro.
Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão que poderá salvá-los ou condená-los para sempre.
As Batidas Perdidas do Coração é uma história sobre perdas e como cada um lida com elas. É o encontro atormentado entre a dor e o amor. Com uma narrativa sexy, envolvente e repleta de música, este livro traz a última tentativa de duas pessoas arruinadas que, juntas, buscam desesperadamente se encontrar.

Nossa história começa no que, pra mim, é um dos cenários mais horríveis existentes: um hospital. De um lado temos a Vivi (sou íntima), que acabou de perder o pai para um grave câncer de pulmão. Do outro lado temos o Rafa, que perdeu tio, tia, primo e irmã em um grave acidente de carro. Um deles está entrando do hospital e o outro saindo, mas eles se conhecem aqui? Claro que não.

Nossos protagonistas vão se conhecer na terapia, em um grupo de apoio para pessoas que perderam algum ente querido. E assim que eles se conhecem, temos as evidências de um bom romance cão e gato querendo surgir enquanto faíscas voam para todos os lados. O clichê de A Dama e o Vagabundo volta em nova roupagem para dominar nossos corações.

Eu amo MUITO esse livro. Sério. A trama é simples, sem mirabolações ou plot twist demais. É sobre curtir o romance e a evolução de cada personagem. Por se tratar de um romance, tem algumas coisas que a gente pode presumir vez ou outra, mas a autora fugiu muito dos clichês com essa história, e isso é uma das coisas que eu mais gosto aqui. O leitor vai se surpreendendo e se apaixonando conforme vai lendo os acontecimentos dessa história e é uma sensação deliciosa.

Como uma leitora ávida de Bianca Briones, informo com propriedade que ela tem uma escrita extremamente envolvente. Seja nos livros que gostei mais ou gostei menos, a escrita dela me prendeu na primeira página e só me deixou ir embora quando acabei o livro, mas sempre com aquele gostinho de "poxa, queria mais dessa história, dessa escrita, dessa voz".

Agora, vamos ao meu ponto favorito desse livro: os personagens. Tão cheios de bagagem, tantas camadas, tão bem construídos e todos evoluem. Minha maior alegria foi o anúncio dos outros livros da série pra eu poder ter mais momentos com esses personagens tão incríveis. A Vivi é doce, meiga, mas também é firme, tem opinião própria e se recusa a abaixar a cabeça simplesmente porque querem que ela faça isso. Ela tem uma visão de mundo totalmente privilegiada e mesmo assim luta por aquilo que quer e sabe quando parar. 

O Rafa é, com toda certeza do mundo, o meu personagem favorito da VIDA. Meu Deus, que cara mais sensacional. Uma vez eu falei pro meu melhor amigo que o Rafa seria o protagonista perfeito de um ótimo chick-lit se ele não tivesse uma bagagem tão pesada. Ele é carismático, ele é engraçado, ele é forte, ele é um cara bom. Basicamente, ele é foda (e tenho certeza que se ele fosse real estaria todo se gabando agora hahahaha). Por mim, ele poderia narrar todos os livros simplesmente porque eu amo esse cara, porra.

Uma coisa que é bem legal de ressaltar é que a Bianca pega dois temas muito complicados (morte e drogas) e trata nesse livro com muita delicadeza. O que eu mais gosto é que ela não romantiza nada, ela joga na lata a verdade, mostrando a real e trazendo o impacto necessário pra causar uma reflexão no leitor mas sem precisar chocar ou trazer gatilhos pra ninguém, sabe?! 

Bom, o que eu posso dizer agora é eu demorei demais pra trazer essa resenha pra vocês. Esse é meu livro nacional preferido e eu já panfletei ele pra todo mundo e vou continuar panfletando porque essa história é incrível e o mundo todo deveria conhecê-la. Esse livro me fez rir, me emocionou, me deixou tensa esperando pra saber o que ia acontecer e, é claro, me fez perder milhares de batidas. 
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